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5 erros das empresas que querem inovar

Atualizado: 15 de ago.

Artigo de Opinião escrito por Giovani Bernardo - CEO EXXAS


Inovar virou uma prioridade declarada em praticamente todas as médias e grandes empresas com as quais tenho conversado nos últimos anos. Planos ambiciosos, metas de transformação, investimento em tecnologias emergentes, criação de squads de inovação… Tudo isso aparece nas apresentações de diretoria.


Mas quando a gente olha de perto o que está realmente acontecendo no dia a dia dessas organizações, surge um problema comum: falta de governança.


E o resultado?


  • Projetos que não saem do papel.

  • Recursos mal alocados.

  • Iniciativas desconexas.

  • E um desgaste interno enorme.


Hoje quero compartilhar os 5 erros mais frequentes que vejo nas empresas que querem inovar, mas ainda não estruturaram uma governança de inovação sólida:


1. Confundir inovação com iniciativas isoladas

Criar um laboratório de inovação, fazer um hackathon ou contratar uma consultoria de tendências pode ser um passo importante…mas não é governança.


Sem um modelo estruturado de direção, decisão, priorização e acompanhamento, todas essas ações viram apenas eventos pontuais, com pouco ou nenhum impacto real no negócio.


2. Não ter clareza de prioridades

Vejo muitas empresas tentando abraçar todas as oportunidades de inovação ao mesmo tempo. O problema é que, sem um processo claro de definição de prioridades, os times se perdem entre dezenas de iniciativas com recursos limitados.


  • O que realmente conecta com a estratégia da empresa?

  • Onde estão as maiores alavancas de valor?


Sem essa clareza, a empresa gasta energia em projetos que não movem a agulha.


3. Falta de papéis e responsabilidades definidos

Outro erro clássico: ninguém sabe quem decide o quê. Tem empresa que cria um comitê de inovação, mas na prática, ninguém tem poder real de decisão. Outras, deixam a inovação solta, sem nenhuma instância de governança formal.


Resultado?

  • Projetos emperram.

  • As decisões viram um “jogo de empurra”.

  • As boas ideias morrem antes de sair do PPT.


4. Ausência de orçamento e recursos dedicados

Inovar custa. Seja tempo, dinheiro ou dedicação de pessoas-chave. Empresas que não preveem orçamento específico ou não protegem o tempo das suas equipes acabam matando a inovação antes dela nascer.


A conta é simples: sem recursos, não tem execução.


5. Não medir e não aprender

Por fim, um erro que vejo se repetir: empresas que não têm nenhum tipo de KPI ou acompanhamento sobre suas iniciativas de inovação.


Sem medir, não dá para saber o que está funcionando e o que precisa ser ajustado.


Sem aprender, a tendência é repetir os mesmos erros, projeto após projeto.


O que fazer então?

O caminho passa por estruturar uma Governança da Inovação de verdade.


Uma governança que inclua:


  • Direção estratégica

  • Estruturas de decisão claras

  • Processos de gestão de pipeline

  • Orçamento e recursos definidos

  • Monitoramento contínuo


Inovação sem governança é como um barco sem leme: pode até ter velocidade, mas não tem rumo. As empresas que entendem isso e estruturam um modelo claro de direção, decisão e acompanhamento conseguem transformar boas ideias em resultados concretos e se diferenciam no mercado.


O momento de fazer isso não é “quando sobrar tempo” ou “no próximo ciclo de planejamento”. É agora. Cada mês que passa sem uma governança sólida aumenta o risco de desperdiçar recursos, desmotivar pessoas e perder relevância.


Se a sua empresa quer que a inovação deixe de ser discurso e vire prática, comece pelo básico: crie uma estrutura que dê clareza, ritmo e propósito às iniciativas. O futuro não espera - e a concorrência também não.


Eye-level view of a leader presenting innovative strategies to a team

 
 
 

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